![](https://static.wixstatic.com/media/76170c_f97e0446c4e841a1b2e699aa10de3bc1~mv2.png/v1/fill/w_980,h_551,al_c,q_90,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/76170c_f97e0446c4e841a1b2e699aa10de3bc1~mv2.png)
Neste mês, a campanha Agosto Branco tem o papel de reforçar a conscientização e prevenção contra o câncer de pulmão, que tem o tabagismo como principal causa. É interessante lembramos que há mais de 30 anos, o hábito de fumar era considerado algo bonito, elegante e social. Na TV e no cinema, as pessoas apareciam tragando cigarros ou até mesmo charutos livremente, havendo inclusive um apelo publicitário e com pouco destaque para os riscos e perigos para a saúde.
Com o passar do tempo, essa história começou a mudar, sobretudo em razão do enrijecimento da legislação sobre o tema. Em 2000, por exemplo, a Lei nº 10.167 aperfeiçoou a Lei nº 9.294/1996, proibindo a propaganda nos principais meios de comunicação (jornais, televisão, rádio, etc), que na época ficou limitada aos pontos internos de venda por meio de pôsteres, painéis e cartazes. Isso aliado às constantes recomendações de entidades de saúde diminuiu drasticamente o aparecimento do tabagismo nos meios de comunicação e produtos audiovisuais, algo que contribui para a normalização do costume.
Embora as mudanças tenham sido benéficas e extremamente importantes, o consumo de produtos derivados do tabaco e afins não desapareceu, e os efeitos deste hábito nocivo permanecem gerando problemas sérios de saúde na população, sendo o câncer de pulmão o principal deles.
Conforme os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), mundialmente, o câncer de pulmão é o segundo mais incidente, com 2,2 milhões de casos novos, o que corresponde a 11,4% de todos os tipos de câncer. No Brasil, no triênio 2023-2025, são estimados 32.560 novos casos da doença, considerada a mais letal entre todos os tipos de câncer. Ainda segundo o órgão, o tabagismo é responsável por cerca de 85% dos diagnósticos.
Além do cigarro comum, os cigarros eletrônicos, mais comumente usados pelos jovens, também são um problema. Com cheiros, gostos e cores diferentes e mais atrativos, os chamados vapes têm sido uma fonte de preocupação entre os profissionais de saúde, pois atingem de forma mais rápida as vias respiratórias e pulmão.
Nesse sentido, a principal forma de prevenção para a doença é evitar o tabagismo e caso seja dependente do cigarro, buscar auxílio médico e psicológico para cessar o hábito. Também é indicado evitar o contato com fumantes, ambientes com poluição intensa e gases e toxinas poluentes. Para as pessoas que fumam e têm entre 55 e 70 anos, hoje é recomendada uma tomografia anual de baixa dose do tórax, para detectar lesões em estágios muito precoces e assim fazer o tratamento quanto antes.
Cuide-se hoje e sempre. A saúde é seu bem mais precioso!